Em Setembro ou Outubro quando surguiam as trovoadas e as chuvas que impediam o trabalho nas marinhas, o sal ficava esquecido… como a lama amaciava com a água das chuvas, era necessário deixá-la secar e com ela, consequentemente o sal também secava. Ficando empredrado e não podendo ser retirado com os “punhos” para dentro das canastras, tendo de ser batido, utilizando-se para isso a “batedeira”. A partir dessa experiência no trabalho das salinas nasceu, nos antigos, a ideia de fazer Pãezinhos de Sal (blocos de sal enformado, artisticamente decorados).
As águas da chuva que caem na marinha e se misturam com o sal, dão origem à “água-mãe”. É da cristalização da “água mãe” que nasce o “sal de embate” que se aproveita para a feitura dos pãezinhos. As formas para os confeccionar eram feitas dos restos dos rodos de madeira de carvalho ou sobro, já os velhos e gastos, sem serventia para “rapar” o sal nas salinas. Os salineiros entretinham-se a fazê-las nas horas vagas, desenhando-as e esculpindo nelas, com um canivete, os “lavramentos” (símbolos) das ganadarias e casas de lavradores mais próximos do Concelho de Alcochete. Não faltavam também o Brazão de Alcochete, o Barrete Verde e desenhos de casas e de flores para alegrar e decorar ao Pãezinhos de Sal. Estes “lavramentos” eram primeiramente desenhados a lápis, na madeira, da esquerda para a direita, para que depois de se desenformarem, aparecesse o desenho no sentido correcto.
As águas da chuva que caem na marinha e se misturam com o sal, dão origem à “água-mãe”. É da cristalização da “água mãe” que nasce o “sal de embate” que se aproveita para a feitura dos pãezinhos. As formas para os confeccionar eram feitas dos restos dos rodos de madeira de carvalho ou sobro, já os velhos e gastos, sem serventia para “rapar” o sal nas salinas. Os salineiros entretinham-se a fazê-las nas horas vagas, desenhando-as e esculpindo nelas, com um canivete, os “lavramentos” (símbolos) das ganadarias e casas de lavradores mais próximos do Concelho de Alcochete. Não faltavam também o Brazão de Alcochete, o Barrete Verde e desenhos de casas e de flores para alegrar e decorar ao Pãezinhos de Sal. Estes “lavramentos” eram primeiramente desenhados a lápis, na madeira, da esquerda para a direita, para que depois de se desenformarem, aparecesse o desenho no sentido correcto.
O antigo processo de execução ainda hoje é usado, por antigos salineiros.
Processo de Realização:
Processo de Realização:
Dentro de um aguidar deita-se o “sal de embate” e com um púcaro vai-se deitando água, a pouco e pouco, amassando… amassando até tomar consistência.
Uma vez esculpida a forma de madeira com desenho a gosto, deita-se-lhe uma mão cheia de sal e bate-se com um masso, muito bem, para o sal aderir à forma.
Abrem-se as chavetas da forma a desenformam-se os pãezinhos, colocando-os em cima do feno lavado, suficientemente afastados para não estragar o “lavramento” (desenho).
Secam durante três dias e três noites, apanhando o orvalho que é óptimo para empredar o sal.
Outrora, os “Pãezinhos de Sal” eram levados para o mercado sobre folhas de feno, para venda às donas de casa que os colocavam nas suas cozinhas, sobre prateleiras enfeitadas com lindas cortinas bordadas. E com o seu “lavramento” requintado constiuíam um regalo para os olhos de quem os visse!
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